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Corrupção e os Portugueses

Corrupção e os Portugueses


Autor: Luís de Sousa e João Triães (Partic. António Pedro Dores Carlos Jalali José Magone)
ISBN:
978-989-95786-3-0
Edição: Outubro/2008
Colecção: MAIS ACTUAL
Editora: RCP Edições

Stock: Disponível
 
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° Introdução
° Índice
° Sobre o autor

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 Formato: Livro em papel
 Páginas: 220
 Encadernação: Capa mole
 Dimensões: 15x23 cm
 Preço: €6.25 €5

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 Formato: PDF
 Tamanho: 1490Kb
 Preço: €5.30 €4.24

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O livro está organizado em cinco capítulos.

No primeiro capítulo, uma sinopse dos principais resultados do projecto “Corrupção e Ética em Democracia: o Caso de Portugal” tem como objectivo caracterizar o ambiente ético em que opera a Democracia portuguesa.

Já no segundo capítulo, Luís de Sousa, utilizando uma perspectiva sociológica e recorrendo aos dados do European Social Survey (Round 2), do International Social Survey Programme (ISSP), e do inquérito “Corrupção e Ética em Democracia: o Caso de Portugal”, argumenta que o problema da corrupção em Portugal não se resume a práticas de suborno na Administração resultantes de estruturas de oportunidade pontuais. O problema é, para o Autor, mais estrutural.

O terceiro capítulo, por José M. Magone, adopta uma perspectiva mais estruturalista e comparativa, tentando demonstrar que um dos factores que melhor explica a natureza e extensão do fenómeno da corrupção em Portugal, é a persistência de uma cultura política neo-patrimonialista por parte dos cidadãos. Apesar de três décadas de Democracia em Portugal, a sociedade civil organizada permanece muito débil, pouco participativa e pouco assertiva face ao poder político, quando contrastada com a dos países do norte da Europa.

O quarto capítulo explora a dualidade público/privado nos julgamentos sociais brevemente referida nesta introdução. Carlos Jalali aborda as atitudes dos portugueses em relação à ética e combate à corrupção na vida pública, examinando as suas expectativas e experiências em relação a comportamentos éticos. Em específico, procura avaliar duas questões levantadas frequentemente na literatura sobre ética e corrupção na vida pública, e que o inquérito “Corrupção e Ética em Democracia: o Caso de Portugal” permite testar empiricamente.

Por último, o capítulo de António Pedro Dores levanta uma questão pertinente no actual contexto moralizador da vida pública em que vivemos. Nunca antes a corrupção tivera tanta cobertura mediática, suscitando tanto interesse por parte das instituições nacionais e internacionais, e conduzindo a tantas iniciativas de combate, a maioria das quais de natureza simbólica e com resultados pouco atendíveis.

 

* * *

Espera-se que este volume possa despertar o interesse de vários públicos. Para os estudantes de Ciências Sociais e académicos que se debruçam sobre estas matérias, o livro poderá relevar-se uma descoberta devido ao seu carácter pioneiro e exaustivo sobre as atitudes, práticas e percepções dos portugueses face à corrupção. Poderá igualmente ter utilidade para os decisores ou os agentes com responsabilidades, directas ou indirectas, no combate à corrupção, na medida em que nenhuma política ou estratégia de acção poderá descuidar o modo como o fenómeno se manifesta e se transforma em sociedade. Por último, esperamos que possa também servir de reflexão para o leitor anónimo, porventura também ele parte desta amostra, ou pelo menos nela representado, sobre o que pensam os portugueses sobre corrupção. Desejamos a todos, uma leitura atenta e curiosa.

 

 
 
 
 

As Democracias têm vivido transformações importantes no que respeita aos princípios de ética sob os quais assentam as suas próprias instituições e o seu desempenho. A corrupção exposta durante as últimas duas décadas tem afectado, directa ou indirectamente, a percepção dos cidadãos face ao desempenho da Democracia e constitui um factor explicativo do actual declínio dos níveis de confiança institucional (Johnston 1991b; Mény 1996a; Pharr e Putnam 2000).

Isto poderá ser entendido como um sintoma, e não como a causa, de um mal-estar mais profundo das Democracias de matriz ocidental, nas quais se inscreve a Democracia portuguesa. Algumas transformações nos processos de decisão têm posto em risco a aplicabilidade dos princípios de ética que governam (ou deveriam governar) a res publica. O distanciamento e a falta de renovação dos partidos, o autismo dos governantes face aos problemas dos cidadãos, o esvaziamento do Parlamento e a sua resignação a uma função submissa face aos Governos, o redimensionamento da Administração pública por lógicas economicistas, a proliferação de novos híbridos administrativos sem que sejam clarificadas as fronteiras de interacção público/privado e salvaguardado o interesse público, a insuficiência do Estado face aos desafios da economia global. No meio desta evolução, os medos e frustrações dos cidadãos fazem-se sentir de forma mais intensa do que as suas esperanças e optimismo. É, por isso, legítimo ponderar se a actual intensidade com que o fenómeno é discutido na arena pública resulta de uma cidadania mais exigente em relação ao exercício de funções públicas/eleitas ou se, pelo contrário, se trata apenas de uma reacção pontual, gerada pela hipersensibilidade a um determinado tipo de ocorrências e alimentada por uma comunicação social sensacionalista.

O optimismo das teorias de modernização, que defendiam uma gradual redução do fenómeno à medida que as instituições do Estado de Direito se vão consolidando e os detentores de cargos públicos/eleitos, assim como os cidadãos em geral, vão interiorizando standards de ética que definem e regulam o exercício de funções públicas, não parece ter correspondência com a realidade observável na Europa. Não existe automaticidade neste processo. A apropriação de standards de ética na vida pública não é um processo linear e progressivo. De facto, as teorias da Democracia parecem indicar que à medida que os regimes democráticos se consolidam e as práticas e procedimentos se tornam rotineiros, os cidadãos podem finalmente seguir com as suas vidas, tornando-se mais confiantes na actuação das suas instituições. Até que ponto essa confiança desinteressada não se torna disfuncional para o próprio desempenho das instituições, tornando os cidadãos demasiado permissivos e pouco responsáveis, é algo que nos compete analisar.

Através de um inquérito nacional, aplicado a uma amostra representativa da população, procurou-se indagar sobre os dilemas éticos que afectam o entendimento, a adesão e a percepção dos cidadãos em relação a estes princípios de ética em Democracia. O objectivo principal do estudo é a apreensão do ambiente ético em que a Democracia portuguesa funciona, com especial enfoque na análise da percepção e das práticas dos cidadãos: Quais os standards de ética que os cidadãos esperam dos seus eleitos em particular e do Estado democrático em geral? O que pensam os cidadãos sobre corrupção? Que tipo de comportamentos no exercício de funções suscitam condenação pública e qual a definição social de corrupção? Em que medida as suas expectativas correspondem ou contradizem as noções escolásticas de Democracia e de cidadania? Qual o grau de importância da corrupção vis-à-vis outros temas da agenda pública? Como julgam os comportamentos relacionados com o desempenho de cargos públicos e políticos (definição social de corrupção)? Que avaliação fazem do combate à corrupção e que medidas/reformas consideram fundamentais para o seu combate?

Estas são algumas das questões que serão tratadas neste volume.


 

 

Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

 

Maria José Morgado

 

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

 

Luís de Sousa e João Triães

 

Sinopse: “Corrupção e Ética em Democracia:

 

o Caso de Portugal” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .53

 

Luís de Sousa e João Triães

 

1. ‘Eu não pago luvas,

 

só puxo os cordelinhos’ . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

 

Luís de Sousa

 

2. Democracia neo-patrimonial

 

e corrupção política. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  101

 

José M. Magone               

 

3. Vícios públicos, Virtudes privadas . . . . . . . . .131

 

Carlos Jalali

 

4. Espírito anti-corrupção. . . . . . . . . . . . . . . . . 161

 

António Pedro Dores

 

Conclusão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195

 

Luís de Sousa e João Triães

 

Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .209


 

 

LUÍS DE SOUSA

Politólogo.

Nasceu em 1973.

Doutorou-se em Ciências Sociais e Políticas pelo Instituto Universitário Europeu de Florença em Julho 2002, com uma tese intitulada Corruption: 'Assessing Ethical Standards in Political Life through Control Policies'. Em Outubro do mesmo ano, foi recrutado como investigador pelo Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do ISCTE, onde actualmente desempenha funções.

De Setembro de 2004 a 2005, trabalhou como investigador principal na Australian National University de Canberra no âmbito de um projecto de investigação intitulado 'The International Anti-Corruption Movement'. Desempenha também as funções de professor convidado na Faculdade de Ciência Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

É o fundador e coordenador responsável da primeira rede de investigação sobre agências anti-corrupção (ANCORAGE-NET) que inclui 15 agências anti-corrupção de 14 países diferentes da Europa, Oceânia, América Latina e África.

No âmbito de um projecto de investigação financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, criou recentemente o Observatório de Ética na Vida Pública a funcionar junto do CIES-ISCTE.

Foi orador convidado em várias universidades europeias e estrangeiras. Tem várias publicações, projectos de investigação e consultoria para organizações nacionais e internacionais sobre corrupção, políticas de controlo à corrupção e financiamento político.

 

JOÃO TRIÃES

Licenciou-se em Sociologia pelo ISCTE em 2004, defendendo uma tese intitulada “Aspectos Sociológicos da corrupção em Portugal: Actores, Mecanismos e Recursos do Crime de Corrupção em Portugal entre 1999-2001”. Em 2007 tirou uma pós-graduação em Economia e Políticas Públicas, no Departamento de Economia do ISCTE. Foi assistente de investigação do projecto “Corrupção e Ética em Democracia: o Caso de Portugal”, financiado pela FCT, da rede ANCORAGE-NET e do Observatório de Ética na Vida Pública. Trabalhou ainda em diversos projectos de financiamento político e de controlo da corrupção, dos quais se destacam os trabalhos realizado junto do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP-PGR) e da Entidade das Contas e dos Financiamentos Políticos (ECFP), órgão adstrito ao Tribunal Constitucional. Os seus interesses de investigação relacionam-se com os valores e atitudes face à corrupção e à ética, as políticas públicas, as políticas de controlo da corrupção e as sondagens políticas.

 

ANTÓNIO PEDRO DORES

Docente do ISCTE desde 1985.

Nasceu em Lisboa em 1956.

Doutorado e agregado em Sociologia em 1996 e 2004,respectivamente.

Investigador do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia, CIES. Coordenador dos mestrados Risco, Trauma e Sociedade e também Instituições e Justiça Social, Gestão e Desenvolvimento, no ISCTE. Membro da Associação Contra a Exclusão pelo Desenvolvimento/ACED, http://iscte.pt/~aced/ACED, iniciativa de pessoas reclusas para romperem o cerco que as inibe de exercer os direitos de livre expressão.

Organizador dos livros Prisões na Europa – um debate que apenas começa e Ciências de Emergência, co-autor com António Alte Pinho do livro 'Vozes contra o silêncio – movimentos sociais nas prisões portuguesas'. Autor dos livros de sociologia 'Espírito Proibicionista' (ensaio), 'Espírito de Submissão' (monografia) e 'Sociologia da Instabilidade' (síntese didáctica), onde se abordam temas como as naturezas sociais, os estados-de-espírito sociais, crítica da teoria social.

 

CARLOS JALALI

(D.Phil, Oxford, 2002) é politólogo, licenciado pela Universidade de Oxford, tendo realizado o Mestrado na Universidade de Londres e o doutoramento na Universidade de Oxford.

Presentemente é professor na Universidade de Aveiro e director do mestrado em Ciência Política desta Universidade. De igual modo, é coordenador do projecto de investigação Patronagem Política em Portugal.

A sua investigação centra-se na área das instituições políticas portuguesas em perspectiva comparada; partidos e sistemas de partidos; e comportamento eleitoral, tendo publicado mais recentemente as obras 'Partidos e Democracia em Portugal, 1974-2005, e Estado', 'Sociedade e Administração Pública (obra editada, em co-autoria)'.

  

JOSÉ M. MAGONE

Professor em Governação Regional e Global na Berlin School of Economics.

Foi Professor de Política Europeia na Universidade de Hull no Reino Unido e Professor Visitante nas Universidades de Granada, Siena e Salamanca. Entre os seus interesses estão governação regional e global, política na União Europeia, e política comparada na Europa do Sul.

Publicações mais recentes incluem:

'The Politics of Southern Europe.Integration into the European Union'(Westport,CT:Praeger ,2003);

'The Developing Place of Portugal in the European Union(New Brunswick, NJ:Transaction,2004)';

'Contemporary Spanish Politics.(London:Routledge 2004), The New World Architecture';

'The Role of the European Union in the Making of Global Governance (New Brunswick,NJ:Transaction 2006)'.


 
 
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