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Formato: Livro em papel
Páginas: 200
Encadernação: Capa mole (luxo)
Dimensões: 19,5x26,5
Preço:
€25.24
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O amor à família, o respeito pelo passado e a confiança no futuro são os principais argumentos da história da família Futscher Pereira, narrada com simplicidade e ternura.
É um testemunho despretensioso para a novas gerações, que permite revisitar o pretérito de um país, de uma sociedade e de tempos em que vidas comuns se cruzaram com os interesses do Estado e com os principais talentos da Literatura e das Artes, construindo uma linha, sem descontinuidade, que continua a percorrer o seu caminho.
A notoriedade pública de Vasco Futscher Pereira, diplomata e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, permite-nos descortinar o lado privado de uma família que girou pelo mundo ao ritmo dos interesses internacionais de Portugal e dos conflitos do século XX.
As fotos antigas, as imagens de países longínquos e das capitais europeias, os "Livros de Bebé", os artigos de opinião nos jornais, os documentos de Estado e os amigos, sempre os amigos, espraiam-se ao ritmo do tempo.
O legado é uma fotobiografia, a preto e branco e a cores, um contraste que torna presente a tristeza e o drama tal como a alegria e o sucesso, que surge naturalmente com a história de família.
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Fiz este álbum para mostrar aos meus sobrinhos alguma coisa da vida e do mundo dos seus avós Margarida e Vasco, com quem eles não tiveram oportunidade de conviver. Eu, que tive a sorte de conhecer bem os meus avós, queria falar-lhes dos seus, e também doutras pessoas muito queridas, parentes e amigos sem os quais o retrato da nossa família ficaria muito incompleto.
Vasco teve um percurso ascendente e chegou mesmo a ser uma figura pública na última década da sua vida, enquanto Margarida fez o percurso inverso, mas eu desejava retratar os dois. E apesar de ter consciência de que a história se construiria em torno da figura dele, em virtude da sua carreira e do ‘exotismo’ da vida diplomática, os arquivos de ambos completavam-se. Ela conservou um espólio fotográfico e documental considerável, escreveu “Livros de Bebé” para os três filhos e publicou dois livros de poesia.
Ele conservou toda a sua correspondência pessoal e um arquivo completo da sua vida profissional. O que mais me atraía no espólio dos meus pais eram as fotografias e a variedade dos materiais: álbuns, cadernos de notas, manuscritos, desenhos, recortes de imprensa, revistas, folhetos, postais, convites, cartões, e uma quantidade doutras recordações que me comovem, porque convocam não só aqueles que amámos como quase desconhecidos a quem estamos ligados por fios mais ou menos visíveis.
Tudo isso, tão cuidadosamente conservado não apenas pelos meus pais mas por sucessivas gerações, permitia contar uma história, e em parte a minha história, naturalmente.
A vontade de ‘arrumar’ toda esta documentação era partilhada pelos meus irmãos, desde logo por razões afectivas, e também pela responsabilidade de conservar papéis que podiam ter interesse histórico.
No entanto, creio ter reconhecido, pelo caminho, certas motivações mais profundas, como a tentativa de reagrupar pessoas e lugares dispersos pelas rupturas da vida – e pela própria passagem do tempo – e de prolongar mais um pouco o convívio com eles, para uma despedida sem lágrimas.
Dedico este “Retrovisor” aos meus irmãos, meus cúmplices e co-protagonistas deste ‘filme’, que com os meus sobrinhos Rosa Maria, Maria João, Vasco, Vicente e David, e os meus sobrinhos-netos Violeta e Matias, continua…
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Introdução
Infâncias – 1920
Namoro – 1941
Casamento – 1946
Roma – 1947
Rabat – 1951
Leopoldville – 1952
São Francisco – 1955
Lisboa, terra de exílio – 1961
Karachi – 1962
Madrid – 1967
Lisboa, porto seguro – 1969
Blantyre – 1970
Bona – 1973
Brasília – 1974
Nova Iorque – 1978
Washington – 1981
Lisboa – 1982
Epílogo – 2004-2009
Famílias Nomes
Agradecimentos
Notas
Referências
Índice onomástico
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Nasceu em 1953, em Léopoldville (Kinshasa).
Passou uma parte da infância em São Francisco e um período da adolescência em Madrid.
Após concluir o Curso de Formação Artística, na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa (1974), e um estágio no Centre de Formation de Journalistes, em Paris (1975), começou a trabalhar como tradutora no "Jornal Novo" (1976).
Foi jornalista nas agências noticiosas "ANOP" e "NP" (1977-1984) e Relações Públicas na Cinemateca Portuguesa (1983-1986). Desde 1986, exerce a profissão de intérprete de conferência, após completar um estágio de formação organizado pelo Parlamento Europeu, na École de Traduction et d'Interprétation da Universidade de Genebra.
Foi sócia fundadora das empresas "Cliché, Lda" (1980-1985) e "GIIC, Lda" (1990-2006) [http://www.giic.net].
Trabalha como intérprete e tradutora em regime de freelance desde 1987.
É autora do blog "Retrovisor" [http://retrovisor.blogs.sapo.pt].
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