|  
			
                        
                          | 
                              
                                |  | 
									
														
																												
														
															|  | Formato: Livro em papel Páginas: 140
 Encadernação: Brochado
 Dimensões: 15 x 23 cm
 Preço: 
																€8.48
 | 
																
																 |  
															|  |  |  |  
                          | 
                                     
                                      |  |   
                                      | 
                                           
                                            |  | "Antes do Destino" é um excelente livro com poemas desiguais. Algumas das composições são da juventude, outras da maturidade. Num livro assim, forçoso seria que houvesse poemas de procura e de demanda — e de certo desencontro, até — que mostram o autor em crise de identidade e a confrontar‑se com uma encruzilhada de tensões, tentações e solicitações estéticas por demais desemparelhadas entre si, a par de poemas de achamento e de reencontro pleno do poeta com o seu próprio e mais autêntico registo de voz. Um registo que sofre influências várias e felizmente contraditórias, que vão de Allen Ginsberg e da Beat Generation a Camões e Jorge de Sena.  Tal sobreposição de estilos torna‑o versátil. Espanta‑nos em Márcio Alves Candoso a variedade e a frescura dos temas. Há nele uns relentos simbolistas, expressionismos finos pedidos ao metro curto, pinceladas surrealistas, um sedoso harpejar com apurado sentido rítmico — eis as características de um poeta verdadeiramente original, sem jamais armar ao pingarelho de experimentalismos serôdios. Topa‑se à légua que a sua obra beneficiou da leitura de Almada Negreiros, Natália Correia, Alexandre O’Neill e António Ramos Rosa — e também da filosofia de Nietzsche, do hermetismo heróico de Ungaretti e da prosa coloquial de Françoise Sagan.     Excerto do Prefácio  de Bruno Oliveira Santos |  |  |   
                                      |  |  |  |  |  
                          | 
			
			|  |  
			| 
						
							
								|  | 
 Um dia é‑se jovem e atravessa‑se o limiar da poesia. É indefectível: muda‑se o modo e o método do hábito de sonhar. Alguns, porém, não se bastam com a espontaneidade desse novo pulsar. E, eles que gastavam poesia, começam a fabricá‑la; e ao ofício de a organizar, escrevendo‑a, consagram o melhor do seu tempo. Por exemplo, eu. Acho que ninguém nasce poeta, tornamo‑nos poetas. Sou de opinião de que é das fendas do vivido que cada um vê crescer em si a necessidade de alguma prática distanciada/secundária de comunicação. Porque a teimosia em estar vivo é ainda a suprema forma de contacto; a escrita literária será reflexo ou transcendência, será até afirmação de conflito, mas não é, ainda, Vida. À poesia, nas suas construções próprias perfeitamente ilógicas em qualquer outra forma de linguagem escrita, se acolherão aqueles que de tudo falam com rigor e radicalidade. Que de entre esses, alguns, na sua ânsia de ‘tudo poetizar’, não se tenham esquecido de viver, eis um dos meus desejos mais fortes. É, pois, em sede de um realidade lacunosa, sonho complemento de vida, que a poesia nasce. Saiba ocupar nas vidas o espaço que a Vida não soube preencher por si. E só! Mas porquê fundamentalmente a poesia? 
 (...) 
 |  
 
						
							
								|  | 
 Prefácio 11 Introdução15   MY TIME 21 SÉCULO 23 HIBERNAÇÃO 25 ECO 27 ANTES DO DESTINO 31 VOZ DE VIVO 35 ORAÇÃO 37 POR DETRÁS DAS PORTAS E DAS RUAS 41 AO CABO DAS TORMENTAS 43 CANTO‑ME DESTE LUGAR EM TI 47 COMUNICAÇÃO AO CONGRESSO DOS POETAS 51 FELICIDADE 57 SONHO SEM MAQUILHAGEM 59 ODE DEFINIDA 61 DECLARAÇÃO 63 CAMINHANTE 67 AMAR FINAL 69 DE AMOR 71 FALA DA PAIXÃO 73 DEFESA DO CORO DOS VIVOS  NA MANSÃO DOS MORTOS 75 MANIFESTO O AMOR DE NÓS A VÓS 79 DO PROJECTO RETURCO 81 REFLEXOS NA AMURADA 83 EUROPA 87 10 TESES POR PORTUGAL 89 CÂNTICO 1º 97 CÂNTICO DE GERAÇÃO 99 ANTES DO DIA 101 FALAR DE NÓS 103 QUESTÃO 105 ÀS VEZES A DÚVIDA 107 PAZ 109 JUÍZO FINAL 111 GRANDES FEITOS COMO METROPOLITANOS 113 CANTO PORTUGUÊS 115 HÁS‑DE DURAR MIL ANOS 117 OS QUE NÃO GOSTAM DESTE TEMPO 119 E, DEPOIS DE IF E DE WHAT 123 MEMÓRIA VAGA 127 MOVIMENTO SELECTIVO 129 TEMPOS DO VERBO EU 131 PARÂMETROS 133 NO MEIO DE UM EPÍLOGO 135   
 Lembranças e agradecimentos 136 
 |  
 
						
							
								|  | 
 
   Gostava da caneta que o Pai lhe deu quando chegou à 4ª classe – uma “Pelikan”. No liceu pediam-lhe redacções e ele não pedia nada. Frequentou Direito porque tinha jeito para escrever e argumentar. O seu primeiro poiso foi a “Praça Vermelha” de Coimbra, facção cerveja do “Moçambique” e Académica sem guitarras ou canções da estudantina. De caminho até Lisboa prosseguiu nas tertúlias e adicto à cultura, mas deu um novo impulso aos namoros. Os poemas eram mais e menos do que são hoje – revoluções e amores -, quando é tudo a mesma coisa. Esteve para ser inspector de jogos, agente segurador e “Homem Sonae”. Mas foi jornalista profissional, durante 27 anos. Sempre escreveu fora dos clichés dos estereótipos de chumbo da Imprensa. Mas só agora vai editar o primeiro livro. Teve tempo para pensar a noite, acordar estremunhado e assistir a uma nova aurora. 
 |  |  |  |